terça-feira, 15 de maio de 2012

Mulher


De repente me vejo assim
Menina, mulher, corpo
Buscando a razão de ser
Vivendo a melodiosa canção



De repente faço tudo
E sou até resposta
Busco o nada
E nem mesmo sou pergunta



E hoje estou assim
Respirando difícil
Cantando fácil
Vendo e não ouvindo


E sou de tudo um pouco
E de um pouco tudo
E sou a parte do todo
E do todo não sou nada


Mas sou saudade
Do que foi e daquilo que será
E hoje estou saudosa
De um momento
Que assumiu no tempo o seu valor



Dulce Braz

Obs.: Fiquei imensamente feliz quando esse texto foi premiado na PUC-MG, década de 80, em um Concurso Literário da Universidade: 1o. lugar geral no gênero poesia, quando ainda era estudante de Letras. Havia guardado o texto e hoje vejo-o como uma boa lembrança, esses tesouros que a gente guarda como parte da nossa história. 

Um comentário:

  1. Oi, Dulce, fico feliz por saber que você está dando espaço à sua escrita. Sempre foi algo de que você gostou muito, não é mesmo? Parabéns pela iniciativa. Beijo. Juliana

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