quinta-feira, 17 de maio de 2012

À beira do caminho...

Sentada à beira do caminho, observo a estrada se estendendo, à distância,ao encontro do horizonte. Parece minha vida até o momento presente: uma parada para olhar a direção do futuro que me espera. O que estará no final da estrada, eu não posso saber. Mas alguma coisa me chama para frente... a produzir um sentido a mais na minha vida.


Percorri até aqui buscando acertar, embora me dê conta do tamanho da humanidade que me constitui... Lembrando o poeta, constato cada vez mais a minha humanidade, com tudo o que isso pode significar para o positivo e para o negativo.


Olhando à minha esquerda, está a estrada que percorri; busco recuperar momentos em flashes da minha vida até aqui. Acertei, errei, tive dúvidas, certezas, medos, coragem! Agradeço pelo que foi.


No momento presente, uma brisa fresca me convida a aspirá-la e ao fazer isso, meu peito se enche do barulho da existência, convidando-me a escutar o que se mostra, Pássaros entoam cantos que sempre são bálsamo para meu corpo espiritual e meus olhos captam o momento, entendendo o meu pertencimento a ele.


É presente! Respiro fundo agradecendo a existência! Ao olhar à direita, sinto um chamado a seguir em frente, fazer, viver com outra qualidade. Não sou mais a mesma a cada dia. No percurso do rio, deixei-o me levar, me sujar, me lavar, me renovar. E nesse momento, quero produzir algo novo, não tão novo que não dialogue com outros humanos, não tão velho que não seja reconhecido. Embora não haja nada de novo sob o sol, há muita novidade sob meu olhar cansado, mas curioso sobre a vida.


Convido-o, meu caro leitor, minha cara leitora, a compartilhar comigo esse diálogo sobre a vida e o viver. Nos textos que se seguem, há poesias e há pequenos relatos de pessoas que foram cruzando meu caminho,e elas me convidam a refletir. Histórias simples e essenciais, alegres, tristes, mornas, tenras, intensas, frescas... São o que são e nada mais!


Dulce Braz